Negação no Esperanto

O que predomina no Esperanto é a lógica e a simplicidade. Zamenhof procurou, portanto, aproveitar o que é essencial nas línguas para a comunicação eficaz, deixando de lado tudo o que é supérfluo, desnecessário. Por exemplo, para nos expressar em nossa língua materna, ou quando estamos aprendendo uma língua estrangeiram temos que recorrer a expressões idiomáticas, que, em muitos casos, não são traduzidas literalmente. Elas fazem sentido em determinadas situações, de acordo com o contexto social, cultural etc, enfim, algo próprio da língua e da cultura do falante.

Para compartilhar da cultura e da língua do seu meio social, o falante utiliza tais expressões, até mesmo para não parecer um estranho no próprio meio em que vive – a palavra “estrangeiro” deriva da palavra “estranho”.

Grande dificuldade ocorre quando o indivíduo não fala determinada língua, mas deseja aprendê-la, e não tem domínio pleno de expressões idiomáticas.

Outras vezes, optamos por recursos linguísticos que não têm apoio nas regras gramaticais, todavia se consolidam na língua graças ao uso constante. Para uma comunicação internacional eficaz não deve haver confusões. O Esperanto, por ser uma língua planejada desde o início, possui uma estrutura que se sustenta por si mesma, impedindo armadilhas para o próprio falante. Ela foi criada para servi-lo, diferentemente da  situação comum, na qual o falante é quem serve a língua estrangeira. Podemos imaginar um pequeno diálogo:

  • Você viu alguma coisa?
  • Não! Eu NÃO vi NADA!

Se o interlocutor tivesse visto, ele poderia ter dito: “Sim, eu vi ALGUMA COISA”. Mas, no caso da resposta negativa, ele reforça o que não viu utilizando a palavra NÃO, uma segunda palavra negativa. Se pensássemos de maneira lógica, não haveria necessidade do reforço. Tal fato acontece, pois, esse recurso já se consolidou na comunicação em língua portuguesa.

Não há necessidade, em Esperanto, de utilizar duas palavras negativas em uma frase. Uma delas é suficiente para tornar negativo seu sentido. Vejamos uma frase afirmativa, com foco no verbo:

Mi VIDIS ion (Eu VI algo; eu VI alguma coisa).

Na forma negativa, com o mesmo foco no verbo, temos:

Mi NE VIDIS ion (Eu NÃO VI nada, Eu NÃO VI coisa alguma).

Agora, observemos a mesma frase afirmativa, dessa vez com foco na palavra IO:

Mi vidis ION (Eu vi ALGO, eu vi ALGUMA COISA).

Tornando a frase negativa, sem alterar o sentido do verbo, temos:

Mi vidis NENION (Eu NÃO vi NADA. – Literalmente “Eu vi NADA”)

Basta colocar apenas uma palavra negativa na oração para tornar todo o seu sentido negativo. Se colocássemos duas palavras negativas, uma delas anularia o sentido da outra, gerando uma frase afirmativa:

Mi NE vidis NENION. = Mi VIDIS ION.
(Eu NÃO vi NADA. = Eu VI ALGUMA COISA.)

O Esperanto não foi planejado apenas para falantes da língua portuguesa, e sim para falantes de todas as línguas e culturas. Por isso, ele excluiu essa dificuldade para facilitar a comunicação entre todos eles. Assim:

Não se usa uma palavra negativa junto de outra. Basta expressar a negação uma só vez.

Apesar disso, é possível a formação de expressões idiomáticas. O princípio que rege a comunicação nessa língua é o da CLAREZA: da boa pronúncia à capacidade de expressar as ideias. O respeito mútuo tem grande importância. Um falante se expressa, o outro compreende, e assim, ambos estão em pé de igualdade na comunicação, ou seja, um não é superior ao outro. Mais do que as palavras usadas, o fator humano tem grande valor. E na comunicação humana não deve haver barreiras, pequenas ou grandes, que a dificultem. As regras devem ser claras para que o falante domine a língua rapidamente e a perceba como sua.

Do blog HR Idiomas

As 16 regras fundamentais do esperanto

Conheça as 16 regras fundamentais do esperanto. Estas regras dizem respeito a características próprias do esperanto.

As primeiras oito regras se referem às principais classes de palavras. Muitas de suas características estão presentes no Esperanto e nas demais línguas modernas. A outras regras dizem respeito a características próprias do Esperanto.

Artigos

Não existe artigo indefinido (em português: um, uma, uns, umas); apenas existe o artigo definido “La” (o, a, os, as), igual para todos os gêneros, números e casos. O uso do artigo é, em geral, o mesmo que nas outras línguas. As pessoas para as quais o uso do artigo represente dificuldade (como para os falantes do russo) podem, nos primeiros tempos, não usá-lo absolutamente.

Substantivos

Os substantivos têm a terminação “o”. Para a formação do plural, acrescenta-se a terminação “J“. Em Esperanto, existem apenas dois casos de declinação: nominativo e acusativo, o último forma-se do nominativo pelo acréscimo da terminação “N”. Ex.: leono (nominativo) – leão; leonon (acusativo). Os demais “casos” são expresses por preposições adequadas, ou seja: o genitivo é substituído pela preposição “de” (de), o dativo, pela preposição “al” (a, para); e o ablativo, pela preposição “per” (por) ou outras, conforme o sentido da frase.

Adjetivo

O adjetivo tem a terminação “a“. Casos e números como no substantivo. O comparativo forma-se com a palavra “pli” (mais), e o superlativo, com “plej” (o mais). No comparativo, usa-se a conjunção “ol” (do que).

Artigo original na página da HR Idiomas

Urba Biblioteco de Poŭzalegro inaŭguras sekcion de libroj pri kaj en Esperanto

Hodiaŭ estis inaŭgurita, je la22-a de Oktobro 2019, je la 3:30 posttagmeze en la Kulturcentro Cleonice Bonillo Fernandes la Libro-sekcio en kaj pri Esperanto José Batista Costa. Ekde nun oficiale ĉi tiu sekcio apartenas al Publika kaj Urba Biblioteko Prisciliana Duarte de Almeida, ĉi tiu libraro nun apartenas al riĉa kolekto de ĉi tiu institucio. Ĉi tiuj libroj unue apartenis al EKPA Esperanto Klubo Poŭzalegro, poste al la Asocio pri Edukado kaj Kulturo Lazaro Ludoviko Zamenhof kaj fine ili apartenis al Esperanta Ambasadejo de Poŭzalegro.

Kreita en 2002 la Esperanta Biblioteko estis la unua publika libraro en kaj pri Esperanto en la Sudminasa regiono, kune ĉi tiu biblioteko ankaŭ estis kreita GEEPA (Poŭzalegra Studo-grupo pri Esperanto), ĉi tiu grupo estis la unua iniciato por instrui kaj disvastigi Esperanton en Poŭzalegro. La s-roj José Batista Costa (Garcia) kaj Antônio de Pádua Moretti estis gravaj subtenantoj kaj apogantoj de ĉi tiu malgranda libraro, ili donacis la unuajn revuojn, didaktikajn kaj literaturajn librojn.

La komenca kolekto posedas 350 librojn kaj 237 revuojn, la enhavo estas diversa, ĉi tie eblas trovi de didaktikaj al teknikaj ĝis religiaj libroj, ĉi tiuj libroj estas originalaj kaj tradukitaj. La kolekto ne estas nur en Esperanto kaj ankaŭ en aliaj lingvoj, do ĝi estas interlingvistika biblioteko, la enhavo estas en la portugala, Esperanto, greka lingvo, Ido, angla lingvo, Interlingvao kaj Tokipono.